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Cães do Instituto Royal estavam doentes e em condições insalubres, segundo matéria de capa do portal iG


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Caso volta à mídia e provas não param de aparecer.

O portal de notícias iG destaca em sua capa nesta quarta-feira (15) uma matéria que traz à tona novamente o caso do Instituto Royal, em São Roque-SP. Embora o instituto tenha fechado as portas após protestos e resgates em outubro de 2013, o Ministério Público continua as investigações e, ao que parece, está cada vez mais próximo de uma conclusão.

Segundo o jornalista Renan Truffi, que assina a reportagem do iG (leia aqui), há documentos comprovando que os cães realmente sofriam maus-tratos. Relatórios apontam que no chamado “canil estoque”, onde eram mantidos os filhotes de beagles que já haviam desmamado e que iriam para os experimentos, os animais eram obrigados a dormir sobre as próprias fezes e tinham pouco contato com a luz do sol. O próprio nome do espaço, dado pelo Instituto Royal, já mostra que os animais eram literalmente “estocados” no local, como mercadoria.

As condições insalubres ficam evidentes também em documentos retirados durante as invasões que mostram que, em janeiro de 2013, vários cães estavam contaminados pelo protozoário giárdia, que é transmitido de um animal para outro principalmente através do contato com as fezes. A giárdia parasita o intestino e pode causar fortes diarréias e inflamações.

Ainda segundo documentos acessados pelo iG, alguns dos beagles do Instituo Royal eram vendidos para pesquisadores de grandes universidades como USP, UNICAMP E UNESP, especialmente para estudos ligados à área odontológica. Na época do escândalo, foram observados diversos animais com os dentes arrancados ou colados, vestígios de pesquisas cruéis.

Outros especialistas também compravam cães do Instituo Royal. Uma professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP comprou 15 beagles por R$ 29.000,00 em agosto de 2010.

O Instituto Royal afirma em um documento que faz parte do inquérito que, em média, eram doados cerca de 17 cães por ano. Estes cães teriam sofrido experimentos mas não precisaram ser mortos. Este foi um forte argumento utilizado pelo Instituto Royal quando o escândalo estourou na mídia, mas pouco ou nada era comentado por eles sobre os animais que obrigatoriamente, por protocolo, tiveram que ser assassinados.

Documentos mostram que, entre 2011 e 2012, pelo menos 700 animais tiveram suas mortes registradas dentro do instituto, entre cães, coelhos, ratos e camundongos. As evidências expostas na mídia, no entanto, apontam para um número muito maior.

As investigações seguem em segredo de justiça.

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