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Pampas Safari: os animais ainda estão vivos e haverá uma manifestação nesta sexta-feira (25)

Representante do IBAMA admite que os animais poderiam ir para um santuário.


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Em entrevista ao maior jornal do sul do país, o Zero Hora, um médico-veterinário do IBAMA afirmou que o que acontecia no Pampas Safari era algo assustador. Noticiamos sobre o caso nessa quarta-feira (23), alertando que centenas de animais do local serão mortos pelo próprio IBAMA (relembre aqui).

“Encontrei fossas com carcaças dentro a céu aberto. O depósito de alimentos tinha mais cocô de rato do que alimentos. Foi um horror o que eu encontrei ali. Interditamos.” – disse Paulo Wagner, médico-veterinário do IBAMA.

Segundo o IBAMA, os animais que tiveram o sacrifício autorizado são mais de 300 cervos (não há número exato). Ainda segundo o órgão, foi detectado um surto de tuberculose nesses animais e o abate seria a única solução viável. Fica óbvio, no entanto, que não foi feito exame em todos os animais e que muitos sadios poderão ser mortos em meio aos doentes.

Não foi falado até agora sobre os outros animais que eram explorados para o entretenimento no Pampas Safari. Quando estava funcionando, o parque abrigava zebras, hipopótamos, aves e centenas de outros animais, mas não temos ainda notícia deles, nem se eles ainda estão no local. O parque está fechado para o público desde novembro de 2016 por más condições, foi interditado pelo IBAMA com os animais lá, mas não se sabe se alguns já foram transferidos ou não.

Na entrevista, que você pode conferir na íntegra no Zero Hora (acesse aqui), Paulo dá a entender claramente que os animais não estão mortos e admite a possibilidade de que eles possam ir para um santuário, mas alerta que precisaria ser um local com extremo controle.

“Se alguém quiser fazer um santuário de cervos tuberculosos, apresente o projeto. O IBAMA vai olhar e se disser que o controle sanitário é rigoroso e consegue manter, ótimo.” – disse Paulo.

O problema é que não há, por enquanto, uma pessoa com local e dinheiro suficiente para tal feito. É obrigação da administração pública zelar pela vida dos animais, é lei. Mas, se não houver pressão popular, o Estado vai abandonar esses animais porque a morte é sempre mais rápida e mais econômica do que o tratamento.

O médico-veterinário do IBAMA revelou ainda para o Zero Hora que os cervos que eram criados no parque iam também para o abate para consumo humano. Além de divertir os visitantes que pagavam caro para passear no Pampas Safari, os cervos eram mortos e vendidos para restaurantes que servem carnes exóticas.

Os donos do Pampas Safari administraram de forma péssima o seu empreendimento e propiciaram toda essa situação. Ainda assim, até o momento nada foi falado do que pode acontecer a eles.

Manifestação

Nesta sexta-feira (25), pontualmente às 10 horas da manhã, haverá um ato pacífico em frente à sede do IBAMA em Porto Alegre para que seja tomado outro caminho, e não a morte dos animais. O endereço é Rua Miguel Teixeira, 126 – Cidade Baixa – Porto Alegre-RS. No Facebook, o evento já conta com milhares de pessoas (acesse aqui).

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