3 em cada 4 consumidores aprovam uso de termos como ‘carne’ e ‘leite’ para versões vegetais
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Uma pesquisa recente revelou que a maioria absoluta dos consumidores aprova o uso de termos como “carne”, “queijo”, “leite” e outros do gênero para designar versões vegetais desses produtos.
O estudo foi conduzido pela Ingredient Communications, consultoria inglesa especializada na indústria alimentícia, e entrevistou cerca de 1.000 consumidores. Foram 499 no Reino Unido e 484 nos Estados Unidos, divididos em 3 grupos: ovolactovegetarianos, veganos e carnistas.
A esmagadora maioria, 75% dos entrevistados, aprova o uso de termos originalmente utilizados por produtos de origem animal em versões vegetais dos mesmos produtos. Para essa maioria, “salsicha vegana” ou “leite de soja” são termos que podem ser aplicados sem problemas.
O grupo carnista ficou dividido sobre concordar ou não com o uso desses termos. O grupo dos ovolactovegetarianos foi o que mais apoiou o uso desses termos. Já o grupo dos consumidores veganos, para surpresa dos pesquisadores, foi o que menos apoiou o uso desses termos.
No grupo vegano, 1 em cada 3 entrevistados respondeu que é contra o uso desses termos em produtos veganos.
No Brasil, a história parece ser diferente e costuma-se notar um apoio dos veganos ao uso desses termos para facilitar a definição de produtos vegetais. Seria estranho chamar uma salsicha vegana de “embutido vegetal para cachorro-quente”, por exemplo. Ou nomear um hambúrguer feito com grão-de-bico de “disco vegano para sanduíches”.
Uma curiosidade bastante constrangedora dessa história é que alguns sites voltados para a indústria da carne estão anunciando a pesquisa em tom de vitória com títulos como “25% dos consumidores dizem não a produtos veganos usarem ‘carne’ e outras palavras do gênero”. Implicitamente, eles mesmos estão divulgando que o restante dos consumidores, 75%, é a favor.
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