Após pressão de ativistas, Coreia do Sul acaba com maior frigorífico de cachorros do país

Assim como em alguns outros países da Ásia, é relativamente comum na Coreia do Sul o consumo de carne de cachorro em pratos tradicionais. Não há, porém, leis que regulamentem o abate de cães, embora haja restaurantes especializados nesse tipo de carne em várias partes do país.

Há muitos anos, a Coreia do Sul vem sofrendo pressão de ativistas pelos direitos dos animais para que tome uma atitude e feche os matadouros de cães. Como não há regulamentação, todos eles eles são, em tese, clandestinos.

Finalmente cedendo à pressão internacional, o governo sul-coreano iniciou nessa quinta-feira (22) uma ação no maior matadouro de cachorros do país a fim de acabar com esse tipo de atividade no local e transformá-lo em um parque para os cidadãos. O frigorífico fica em Seongnam, ao sul capital, Seul.

O complexo que é alvo da operação abriga cerca de 6 matadouros de cães. Segundo o poder público, já neste sábado (24), o local estará completamente desocupado.

Felizmente, a população da Coreia do Sul cada vez mais toma consciência sobre a questão dos cães. Mais de 70% dos sul-coreanos alegam não consumir carne de cachorro, mas apenas 40% da população acha que a prática deveria se tornar crime.

E boa parte da população, cerca de 65%, acredita que a carne de cachorro deveria continuar a fazer parte da tradição sul-coreana desde que os animais fossem criados e abatidos com boas condições sanitárias.

É algo muito parecido com o que acontece no Brasil em relação a bois, porcos, peixes e frangos. Muitas pessoas se dizem contra aos maus-tratos aos animais, mas adoram comê-los. Elas ficam mais tranquilas quando recebem a informação de que os animais estão sendo mortos “sem sofrimento”, como a indústria quer que elas acreditem.

O que os ativistas abolicionistas buscam, tanto no Brasil, quanto na Coreia do Sul, é a conscientização de que matar animais é errado e desnecessário, mesmo que seja para comer.

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