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Asa Branca: ex-locutor de rodeios hoje é contra a prática e revela atrocidades contra os animais

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Em uma entrevista recente à revista Veja, o ex-locutor de rodeios Asa Branca voltou a falar sobre as crueldades envolvidas no mundo dos rodeios. A entrevista foi gravada em vídeo e teve a participação da ativista Luisa Mell.

Hoje defensor ferrenho dos fins dos rodeios, Asa Branca teve fama semelhante a de jogadores de futebol nos anos 90, quando inventou a forma de narrar rodeios dentro da arena. Antes, os locutores ficavam apenas em um púlpito do lado de fora.

A história do ex-locutor se confunde com a do próprio rodeio no Brasil. No auge da fama, chegou a namorar atrizes famosas e a ganhar mais de R$ 300.000,00 por mês. Uma de suas marcas era chegar aos rodeios de helicóptero, descendo no centro das arenas.

Atualmente, porém, Asa Branca está em estado terminal de câncer e é portador do vírus HIV. Ele vive de uma pequena aposentadoria em um apartamento de 60 metros quadrados em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Na entrevista à revista Veja (confira na íntegra), Asa revelou que chegou a torturar animais enquanto se preparava para ser peão, antes de decidir partir para a locução. Para que cavalos pulassem mais, ele amarrava arame farpado em pneus e os colocava nos pescoços dos animais. Quanto mais os cavalos pulavam para tentar se desvencilhar dos pneus com arame, mais o sangue descia pela crina.

A crueldade é inerente à prática do rodeio, mesmo que não haja sangue aparente. Apenas o fato de apertar com toda força uma tira de couro com lã na barriga de um animal para que ele pule desesperado já é uma forma de crueldade. Isso sem falar dos bastões elétricos e de todo o estresse do ambiente.

Engana-se quem afirma que apenas em rodeios pequenos há crueldade. O maior ícone dos rodeios brasileiros disse o seguinte à Veja: “Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos.” – disse Asa Branca.

Ele afirmou também que já viu com os próprios olhos peões darem choques fortes nos animais pouco antes da porteira abrir para que o animal pulasse mais e, assim, terem maiores notas perante os juízes. Também para fazer o animal pular mais, ele já viu competidores colocarem arame farpado no sedém, aumentando muito a dor do animal quando o sedém era puxado na virilha.

“Eu via tudo isso na época, mas não me importava.” – diz o ex-locutor. Sobre seu atual estado de saúde, ele acredita que tem a ver com algum castigo de Deus pelo que ele fez com os animais. “Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios.” – disse.

Assista à entrevista | YouTube

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