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Ativistas entram em campus da USP no interior de São Paulo e salvam 10 animais de experimento

Os animais já estão a salvo em um santuário.


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Na madrugada desta quarta-feira (16) – de terça para quarta –, duas ativistas entraram em um campus da Universidade de São Paulo (USP) que fica na cidade de Pirassununga, a 230 km de São Paulo. O objetivo era resgatar o maior número possível de animais que estavam sendo explorados em um experimento conhecido como “Projeto Frango”.

Em Pirassununga, a USP mantém sua Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) e lá acontece o “Projeto Frango”. Trata-se de uma matéria obrigatória onde grupos de pintinhos – normalmente de 6 a 10 animais – são entregues para serem cuidados por estudantes.

Os alunos precisam elaborar uma ração e alimentar esses animais durante 8 semanas. Cada grupo de alunos tem um objetivo diferente. Alguns precisam engordar os animais o máximo possível gastando pouco, ou seja, utilizando apenas insumos baratos. Outros precisam apenas manter os animais vivos gastando o mínimo possível e por aí vai. Após 2 meses, os animais são mortos e as suas carcaças são avaliadas pelos professores.

O experimento é completamente dispensável, já que existe uma vasta literatura a respeito de nutrição animal. Embora seja uma matéria obrigatória, nos últimos anos muitos alunos se recusaram a fazer o experimento e, por isso, foi criado um projeto paralelo apenas para quem não quer participar da experiência.

Os alunos que se recusam precisam escolher qualquer espécie animal, visitar uma propriedade que tenha criação dessa espécie e anotar dados. Os estudantes precisam avaliar qual o tipo de ração está sendo dada aos animais no estabelecimento, quanta água está sendo oferecida e coisas do tipo. Além disso, o ambiente onde os animais estão sendo criados também precisa ser considerado no trabalho dos alunos.

A prova de que o experimento que mata os frangos após 2 meses, o “Projeto Frango”, é desnecessário é o próprio trabalho alternativo. Se é possível obter a nota necessária na matéria fazendo um trabalho de observação de propriedades já existentes, por que continuar matando esses animais na universidade?

As ativistas conseguiram levar 10 animais que foram encaminhados a um santuário localizado a mais de 400 km da capital. Os animais que não puderam ser resgatados foram alimentados, impedindo assim o seu abate por algumas horas, já que eles precisam estar em jejum para que suas carcaças sejam avaliadas no estudo.

Escreva para a USP pedindo para que o “Projeto Frango” seja suspenso da grade de matérias e para que os animais que ficaram lá não sejam mortos (formulário aqui).

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