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Ativistas veganas se unem e gravam música em manifestação contra o abate de jumentos no Brasil

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A cantora e instrumentista Eline Bélier (YouTube) publicou recentemente uma nova música vegana, desta vez dedicada aos jumentos, animais que vêm sofrendo com o abate para consumo de sua carne.

O problema é desconhecido da maioria dos brasileiros, mas já existem abatedouros de jumentos funcionando no Brasil e parlamentares estão incentivando o consumo da carne deles (veja aqui).

Em um protesto bonito e poético, Eline se uniu à flautista Maicira Trevisan e à cantora Maga Lee, também veganas abolicionistas. O sanfoneiro Pablo Moura, que ainda não é vegano – mas é simpatizante da causa –, ajudou com seu talento para que esse trabalho fosse realizado.

O resultado é um xote muito bem produzido e que pode ser conferido abaixo. Acompanhe a letra logo abaixo do player.

Deixe Em Paz O Jumento

No terreno lamacento
Sob chuva, sol e vento
Tão explorado jumento
Cumpre tão dura missão

Trabalhador sem pagamento
Exaurido e sedento
Ultrajado jumento
Carregador do sertão

No lombo, saco de cimento
Que escorrega no unguento
Único medicamento
Para a grave infecção

Essa é a vida do jumento
E a sina de seu rebento
Suprir ao homem sustento
Seu calvário é tradição

Mas progredir é preciso
Adaptar é preciso
Amar é mais que preciso
Pois libertar é preciso
Escute este meu aviso
Respeitar a vida é preciso

O animal é muito lento
E necessita de alimento
Produz muito excremento
A moto é a solução

O homem usa o argumento
De que não é mais intento
Usá-lo pra seu sustento
Já não tem qualquer razão

Lá na China é alimento
A pele, medicamento
Sob a luz do firmamento
Aguarda a execução

Abandonado ao relento
O injustiçado jumento
Ou tem abate sangrento
Ou morre de inanição

Pois explorar nunca é belo
Lucrar com a dor é flagelo
Se afaste desse cutelo
E deixe em paz o jumento
Acabe dele o tormento
Pare esse abate sangrento

Essa é a vida do jumento
E a sina de seu rebento
Suprir ao homem sustento
Seu calvário é tradição

Abandonado ao relento
O injustiçado jumento
Ou tem abate sangrento
Ou morre de inanição

Mas progredir é preciso
Adaptar é preciso
Amar é mais que preciso
Pois libertar é preciso
Escute este meu aviso
Respeitar a vida é preciso

Acabe dele o tormento
Pare esse abate sangrento
Deixe em paz o jumento!

Ficha Técnica

Música: Eline Bélier
Letra: Maga Lee e Eline Bélier
Intérpretes:
1ª voz: Eline Bélier e Maga Lee
2ª voz: Maga Lee
Participações especiais:
Maicira Trevisan: flauta em G, flauta em C e piccolo
Pablo Moura: Sanfona
Arranjo: Eline Bélier e Daniel Della Santina
Gravada no DB Estúdio – Guarulhos-SP

MAICIRA TREVISAN
Vegana abolicionista e ativista pelos direitos dos animais, Maicira é flautista, compositora e arranjadora erudita e popular. Tocou/gravou com Willy Werdaguer (Secos & Molhados), Nuno Mindelis, rock progressivo Mobilis Stabilis, B3 Órgão Trio, Waldir da Fonseca, Benito de Paula, Renato Consorte, Banda de Pífanos de Caruaru, Passoca, Kapenga, Gereba, Zerró Santos, Grupo Leros, Arismar do Espírito Santo, Mais Maria do que Zé, Ruy Weber, Jane do Bandolim, Cochichando, Capota mas não Breca, Futricando, Bando de Macambira, Bendito entre as Mulheres, Caindo no Choro, Regional do Canário, Milton Edilberto, Cássia Maria, Anaí Rosa, Barbatuques, André Hosoi, Zé Roberto Araujo, Emiliano Castro, Ana Fridman, Trovadores Urbanos e Teatro Ventoforte. Tocou nos musicais O Mágico de Oz e Pulomelu, a Criação do Mundo. Gravou trilhas para documentários. Homenageou Altamiro Carrilho no II Festival de Música Instrumental de Guarulhos em quarteto de flautas formado por Léa Freire, Rodrigo y Castro e Pedro Figueiredo. Em 2016 realizou show autoral no SESC Ipiranga. Toca com a pianista Carla Arnoni. Integra as Choronas, lançando o 4º. CD com clássicos e composições autorais.

PABLO MOURA
Pablo Moura iniciou seu contato com a música aos 15 anos, ao lado de Flavinho Lima, cantor e integrante da banda de Dominguinhos. Atualmente, com 22 anos, já acompanhou grandes nomes como Oswaldinho do Acordeon, Hermeto Pascoal, Dominguinhos, Chambinho do Acordeon, Bicho de Pé, Miltinho Edilberto, Edson Duarte, Trio Sabiá, Tiziu do Araripe, Duani e outros. Participou da gravação da canção FLOR DE AGUAPÉ, de Eline Bélier.

MAGA LEE
Maga Lee é cantora e compositora vegana abolicionista, ativista na causa animal. Gosta de cantar no seu canto e, às vezes, fora dele. Compõe pela vida, pelo respeito a todos os seres da criação. Uma arte sem compromisso com a técnica, mas como forma de expressão do ser e de simplesmente ser. Quando sua alma se veganizou, seu canto e poesia também se veganizaram. Atualmente, tem voltado sua arte para a causa animal, com composições com a temática animalista.

ELINE BÉLIER
Eline Bélier é instrumentista, cantora, compositora e arranjadora, vegana abolicionista e ativista em defesa dos animais, socorrista de humanos e de outros animais em situação de abandono.
Sua obra autoral é caracterizada pela diversidade de temas e de estilos musicais, passeando com desenvoltura pelo samba, bossa-nova, rock, pop, hip-hop, erudita, MPB, salsa, forró, baião, blues, jazz … Já se apresentou ao lado de Rick Udler, Lizoel Costa, Caio Ignácio, Maria Cláudia & Marcos Mendes, Roberto Maranhão, Roberto Espíndola, Lidiane Duailibi, Tatiana Gurgel, Marcelo Moraes, Crys Vitta, Kallyta, Maga Lee, Laércio Honorato, Johne Astro, Flávio Carppes, dentre outros. Nas letras de suas canções animalistas abolicionistas, expõe a indignação vegana pelo assalto violento aos animais não humanos, praticado ao redor do planeta.Suas composições animalistas conclamam o ouvinte a saírem da inércia moral propondo o exercício ético de refletir sobre “o que fazem a gente acreditar”, com letras e arranjos de impacto sobre quem ainda se alimenta, se embeleza e se diverte à custa da dor, do tormento e da morte de animais não humanos.

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