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Contra efeito estufa, pesquisadores intimam governos a reduzir uso de produtos animais

Documento antecede a Conferência do Clima, em Paris.


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O Chatham House, Instituto Real de Assuntos Internacionais, com sede em Londres, publicou nesta terça-feira (24) um documento que traz formas práticas para a redução do consumo de produtos de origem animal (leia aqui, em inglês).

Com 95 anos de história, o Chatham House lembra em seu documento que a criação de animais para obtenção de produtos como carne, laticínios e ovos têm tanto impacto ao meio ambiente como os transportes. Isso por que a pecuária emite gases do efeito estufa tanto quanto todos os ônibus, caminhões, navios e aviões do planeta juntos.

A criação de ruminantes como bois, vacas, cabras e ovelhas é a atividade mais nociva ao meio ambiente e cabe ao poder público trabalhar para reduzir esse impacto. Os estudiosos ingleses são céticos quanto à conscientização da população no geral sobre os malefícios dos produtos de origem animal. Baseados em dados estatísticos, eles concluíram que apenas ações da administração pública, em grande escala, poderão ajudar significativamente na redução dos danos causados pelas mudanças climáticas.

Embora haja um crescimento exponencial do veganismo em todo o mundo, a parcela da população que demanda mais produtos de origem animal é muito maior. Quanto mais a população de países emergentes como Brasil e China sobe na escala social, mais quer consumir carnes, laticínios e ovos. É uma realidade que, segundo os pesquisadores, não será revertida apenas com conscientização.

Como formas de fazer com que a população mundial reduza o consumo desses produtos, o documento da Chatham House propõe que os governantes cortem subsídios aos pecuaristas. Além disso, é preciso que sejam aplicadas taxas condizentes aos danos ambientais que carne e produtos similares trazem. O aumento considerável no preço faria com que a população naturalmente optasse por opções mais econômicas como os vegetais.

Outra medida que precisa ser movida pela administração pública é o incentivo ao consumo de produtos de origem vegetal por meio da mudança de cardápios de escolas, hospitais e outras instituições governamentais. A diminuição de impostos para alternativas à carne também poderia fazer com que essas opções se tornassem mais corriqueiras, facilitando o acesso da população a elas.

“Deveria ser mais fácil para as pessoas mudar seus hábitos de compra, seja conscientemente ou automaticamente, através de uma maior disponibilidade e promoção de alternativas para a carne.” – diz o documento.

A publicação do Chatham House antecede as reuniões da Conferência do Clima (COP 21), em Paris, que começarão na próxima segunda-feira (30). O evento contará com a presença de 147 chefes de Estado – incluindo a presidente Dilma Rousseff – que deverão apresentar propostas e ações públicas para a desaceleração das mudanças climáticas.

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