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De onde vem o costume de não comer carne na Sexta-Feira Santa? E os peixes nisso?

Peixes, bois, cachorros, golfinhos e todos os animais sentem dor.


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Quantas pessoas você conhece já começaram a semana pensando no banquete de peixes que servirão no feriado da Sexta-feira Santa? No Brasil e em alguns países europeus, o peixe Gadus morhua, conhecido como Bacalhau, é um dos mais consumidos nesta época do ano.

A Sexta-Feira Santa é a data que católicos reservam para o reconhecimento do sacrifício de Jesus Cristo que, segundo conta a Bíblia, foi assassinado neste dia. Segundo as mesmas escrituras, Jesus Cristo viveu e morreu para salvar todas as pessoas e de seus pecados.

Por isso, a Igreja Católica recomenda aos fiéis que reconheçam o sacrifício que foi a vida daquele que dá nome ao cristianismo. A abstinência de carne, presente no cardápio da maioria das pessoas, e jejum são algumas das recomendações. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a Igreja Católica recomenda que todas as sextas-feiras do ano sejam reservadas à abstinência de carne e não apenas aquela considerada santa. É o que diz o Código de Direito Canônico, o livro que rege as regras da Igreja Católica (veja aqui).

Durante toda a Quaresma, o período de 40 dias que antecede a Páscoa (ressurreição de Cristo), a recomendação da Igreja é que o fiel não coma carne ou substitua isso por pequenas ações de sacrifício. Estas pequenas penitências, que mostram que o fiel está disposto a sacrificar algo de seu dia a dia em memória de Cristo, seriam jejum ou atos de caridade e dedicação ao próximo. O Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr. explica algumas destas questões em um vídeo, assista aqui.

Quando fala em “carne”, o Código de Direito Canônico da Igreja Católica não diz “carne de boi” ou libera carne de peixes e outros animais, no entanto, diz que o fiel pode se abster de carne ou outro alimento, desde que isso signifique um pequeno sacrifício a ele.

A tradição de comer peixes na Sexta-Feira Santa é, portanto, apenas uma convenção cultivada e mantida por falta de interpretação dos textos da Igreja Católica.

Assim como outros animais, peixes têm sistema nervoso complexo e são plenamente capazes de sentir dor e desespero. Quando são retirados da água e mortos por asfixia e golpes de faca, é exatamente isso que eles sentem: dor e desespero.

Se respeitar o sacrifício de Jesus Cristo descrito na Bíblia inclui não causar sofrimento a quem quer que seja, o consumo de peixes, bois, gatos, galinhas, porcos, cachorros, baleias e qualquer outro animal deveria ser revisto em todos os dias do ano. Especialmente por ser completamente desnecessário, você deveria pensar sobre o consumo de animais e seus derivados. Não derrame mais sangue.

Receita para a sua Sexta-Feira Santa: Batalhoada vegana (alternativa ao prato com peixe).

 

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