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Estudo com 30 mil pessoas noticiado no The New York Times faz ligação direta entre ovos e doenças

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ATUALIZAÇÃO EM 20/03/2019 ÀS 12h06: o número de participantes da pesquisa estava errado no título e no corpo da matéria. Estava 300 mil pessoas, quando na verdade foram 30 mil pessoas. De qualquer maneira, continua sendo um número bastante expressivo, especialmente pelo tempo de acompanhamento dessas pessoas, que foi de 17 anos.


Uma nova análise de 6 estudos que envolveram mais de 30 mil pessoas acompanhadas por 17 anos volta a colocar o consumo de ovos na berlinda.

Além de toda a questão ética em relação aos animais e da morte de bilhões de galinhas por ano para sua produção, os ovos são também uma má ideia nutricional.

O novo estudo, que foi noticiado há alguns dias no jornal norte-americano The New York Times (veja aqui), mostra que o consumo de 300 miligramas de colesterol por dia aumenta em 17% o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e em 18% o risco de morte prematura.

Cada ovo grande tem, em média, 180 miligramas de colesterol. Assim, basta um ovo no café da manhã e outro no almoço para se chegar aos riscos apontados no estudo. Isso sem falar em ovos que estão escondidos em receitas como bolos, pães e outros itens não veganos.

Ainda segundo o estudo, mesmo que a pessoa coma apenas meio ovo por dia, o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares sobe 6% em comparação a uma pessoa que não consome ovos. E o risco de morte prematura sobe 8%.

“Já existem dados suficientes para fazer uma forte afirmação de que os ovos e a ingestão dietética geral de colesterol continuam a ser importantes para afetar o risco de doença cardiovascular, e mais ainda o risco de mortalidade por todas as causas.” – disse Dr. Robert H. Eckel, professor de medicina na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Dr. Robert foi responsável pelo editorial que acompanha o novo estudo.

“Este estudo leva em conta a qualidade geral da dieta e ajusta-se a ela. Nós realmente nos concentramos nos efeitos independentes dos ovos e do colesterol dietético. Por exemplo, pessoas mais saudáveis tendem a comer mais ovos porque sentem que há muita proteína neles, mas mesmo para pessoas saudáveis com dietas saudáveis, o efeito prejudicial dos ovos e do colesterol foi consistente.” – disse a pesquisadora Norrina B. Allen, líder do estudo.

A pesquisadora admitiu que há muitas variações entre a absorção de colesterol de uma pessoa para a outra. O estudo trata de dados gerais, populacionais, mas se cada indivíduo for analisado, é provável que os resultados mostrarão que há pessoas que comem muitos ovos por dias e o colesterol não vai parar em grandes quantidades na corrente sanguínea. Outras pessoas, mesmo comendo pouco colesterol, têm o nível de gordura no sangue elevado.

Ela também admitiu que há resultados conflitantes entre pesquisas ao longo do tempo. Umas mostram que os ovos fazem bem, outras que eles fazem mal à saúde.

“Apesar dos pontos fortes dessa pesquisa, estudos futuros são necessários para entender por que estamos recebendo descobertas conflitantes entre as populações e se há pessoas para quem comer ovos é ruim e outras que não são afetadas.” – completou a cientista.

De qualquer maneira, o fato é que este é o estudo mais recente e um dos mais amplos já realizados a respeito do consumo de ovos. E ele diz que você deveria se afastar deles.

O estudo foi publicado no periódico oficial da Associação Médica Americana, Journal of the American Medical Association – JAMA (veja aqui), que tem 136 anos de história e é muito respeitado.

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