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Febre amarela: veganos têm opinião quase unânime sobre tomar a vacina contra a doença

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A febre amarela não sai da mídia brasileira há algumas semanas e a tendência é que as notícias fiquem ainda mais frequentes a partir da quinta-feira (25), quando começa a campanha de vacinação em massa nos estados de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.

A doença é séria e já levou à morte dezenas de brasileiros nos últimos meses. A febre amarela que tem tirado o sono dos brasileiros é a silvestre, não a urbana. Isso significa que os mosquitos que transmitem a doença são de regiões de mata. Grande parte das mortes do estado de São Paulo aconteceram em Mairiporã, município da Grande São Paulo que tem muitas regiões de mata.

Por precaução, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacinação para todas as pessoas que viajarem para qualquer cidade do estado de São Paulo. Com a proximidade do Carnaval, muitos países da Europa estão indicando que os turistas que pretendem viajar para qualquer lugar do Brasil se vacinem também.

A vacina, porém, também tem seus riscos, já que é composta por vírus vivos atenuados, ou seja, enfraquecidos. Os vírus da febre amarela são enfraquecidos e colocados em ovos de galinhas para se multiplicarem, por isso, o Ministério da Saúde não recomenda que pessoas com alergia séria ao ovo sejam vacinadas.

Até o fechamento desta matéria, São Paulo já tinha 3 mortes confirmadas por reação à vacina. A estimativa é de que haja uma morte a cada 500 mil pessoas vacinadas. Como a ideia é vacinar dezenas de milhões de pessoas, é muito provável que novas mortes por reação à vacina aconteçam.

Como veganos evitam ao máximo consumir produtos testados em animais ou com ingredientes de origem animal, resolvemos perguntar para dois veganos que trabalham na área da saúde o que eles acham.

Primeiro, ouvimos a nutricionista Alessandra Luglio:

“Na minha opinião, o assunto é bastante delicado e a decisão deve ser individual. Como profissional de saúde pratico e promovo o veganismo tanto quanto seja possível. A vacinação contra a febre amarela é, infelizmente, a única forma de nos protegermos desse mal que pode levar à morte. Veganos que vivem em áreas de risco e que farão viagens para locais que exigem a vacina devem fazê-la e todos nós, veganos, devemos lutar para que vacinas e qualquer outro medicamento e afins que sejam imprescindíveis para a proteção da vida humana não tenham ingredientes de origem animal e não sejam testados nos mesmos.” – disse Alessandra Luglio.

Já o nutricionista George Guimarães, que também é presidente da ONG VEDDAS, tem uma opinião diferente:

“Vacinas são produtos testados em animais e muitas – inclusive a da febre amarela – contêm ingredientes de origem animal. Portanto, não é um produto vegano. Eu viajo pelo mundo todo e sendo vegano há 24 anos e nunca tomei a vacina. Mesmo para países onde a vacina é obrigatória, bastando para isenção um atestado médico utilizando o formulário da Anvisa. Faço uso de repelente e outros cuidados básicos para evitar o contato com mosquitos e dessa forma mantenho íntegra a minha opção pelo veganismo, no qual o uso de vacinas para qualquer finalidade não é uma opção corrente.” – disse George Guimarães.

A posição oficial da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), segundo comunicado enviado ao Vista-se, é a seguinte:

“Acreditamos que não há uma resposta única. Como todos sabem, o veganismo vai até o limite do possível e praticável. Acreditamos que o mais importante, neste momento, é fortalecermos o movimento no sentido de combater práticas de exploração como esta.” – Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

Dois dos maiores grupos brasileiros do Facebook sobre veganismo, o “Ogros Veganos” e o “Veganismo” , emitiram nota da moderação incentivando o uso da vacina para pessoas que moram ou frequentam área de risco (confira aqui).

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