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Juíza determina transferência de ursos Dimas e Kátia do Ceará para santuário Rancho dos Gnomos

Zoológico ainda pode recorrer.


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Em sábia decisão, a juíza Tássia Fernandes Siqueira, da 3ª Vara da comarca de Canindé, emitiu uma liminar em favor da transferência dos ursos Dimas e Kátia.

Dimas e Kátia são ursos que tiveram uma história bastante parecida com a da ursa Rowena, resgatada há 9 meses de um zoológico em Teresina, no Piauí. Dimas e Kátia também foram explorados em circos e atualmente estão em um zoológico no município de Canindé, sertão do Ceará, a cerca de 120 km de Fortaleza.

O calor excessivo para animais acostumados com o frio fez com que ativistas da causa animal entrassem na Justiça para tentar a transferência dos ursos para a cidade de Joanópolis, em São Paulo, onde as temperaturas são bem mais amenas.

Lá funciona o santuário Rancho dos Gnomos (site), que abriga a ursa Rowena e diversos outros animais resgatados. O Instituto Luisa Mell (site), que já havia construído o recinto atualmente habitado pela ursa Rowena, também construiu um outro recinto para os ursos Dimas e Kátia. Tudo por meio de doações.

O Zoológico de São Francisco de Canindé, ligado à Igreja Católica, tem até o final de junho para se manifestar em relação à liminar e decidir se deseja recorrer da mesma. Caso a liminar se mantenha, uma grande operação logística para transferência dos animais deverá acontecer já no início de julho.

Na justificativa de sua decisão, a juíza Tássia Fernandes Siqueira foi bastante cuidadosa e assertiva com as palavras.

“Apesar de todo o carinho e cuidados que os animais recebem junto ao requerido, possuindo uma história no zoológico e também na própria cidade, tradicionalmente devota de São Francisco de Assis, há um fato insuperável: a alta temperatura inerente à região. E, quanto ao ponto, apesar de toda receptividade e cordialidade do querido povo cearense, é de se reconhecer que dois ursos de um habitat natural inversamente oposto ao seu não possuem capacidade de adaptação tamanha a modificar sua própria natureza. Se há atualmente uma possibilidade de reduzir o desconforto gerado em decorrência das altas temperaturas, proporcionando aos animais plena liberdade para expressar seu comportamento natural, esse deve ser o caminho também natural para o caso concreto.” – disse a magistrada.

O Rancho dos Gnomos está aguardando os trâmites da Justiça para, só então, se pronunciar sobre o caso.

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