Justiça condena a 16 anos de prisão Dalva Lina da Silva, conhecida como ‘serial killer de animais’

Dalva Lina da Silva morava na Vila Mariana, em São Paulo, e era tida pelos conhecidos como uma protetora de animais. Ela recebia centenas de animais e dizia tratá-los e encaminhá-los para adoção. Mas, na verdade, ela matava todos eles com requintes de crueldade.

O caso só foi descoberto na época, em 2012, porque verdadeiros protetores de animais desconfiaram de Dalva por conta da velocidade com que ela supostamente conseguia doar os animais que eram deixados com ela. Um detetive particular foi contratado e descobriu que a casa funcionava como um abatedouro de cães e gatos, e não como uma ONG de acolhimento.

Dalva foi condenada pela morte de 37 animais que puderam ser fotografados em sacos de lixo em frente à sua casa. Mas a suspeita é de que ela tenha matado centenas de outros. As investigações mostraram que os 37 animais fotografados eram saudáveis e foram mortos por perfurações e aplicação de drogas de uso veterinário.

Há indícios de que os animais eram amarrados e mortos lentamente, o que fez com que a Justiça tratasse Dalva como uma pessoa potencialmente perigosa também para a sociedade em geral, e não apenas para animais domésticos.

Mas, por ser ré primária, a Justiça revogou a prisão de Dalva em 2015 e ela ficou livre. Felizmente, após uma revisão do caso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo publicou na última terça-feira (14) uma nota explicando que Dalva recebeu uma pena ainda maior do que aquela que tinha recebido na época do primeiro julgamento. São 16 anos, 6 meses e 26 dias em regime semiaberto (confira aqui).

O caso de Dalva é o primeiro crime que envolve animais na história da Justiça brasileira a receber esse tipo de pena. Até então, crimes contra animais recebiam penas menores, comumente convertidas em serviços comunitários e entregas de cestas básicas.

Dalva Lina da Silva, que ficou popularmente conhecida como “serial killer de animais”, está foragida. Qualquer informação sobre o paradeiro dela deve ser comunicada à polícia pelo telefone 190.

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