Justiça condena futuro ministro do Meio Ambiente que tirou sarro de veganos por fraude ambiental

Alguns pontos defendidos por Jair Bolsonaro em sua campanha já estão sendo alterados mesmo antes da posse e isso não é exatamente uma novidade, mas o caso Ricardo Salles divide opiniões até dentro da base.

Salles é um advogado ligado à extrema-direita nomeado por Bolsonaro para ser o futuro ministro do Meio Ambiente. Salles é completamente alinhado ao agronegócio e seria o nome perfeito para deixar o ministério que deveria defender o meio ambiente do jeito que os ruralistas sempre quiseram.

O comportamento de Salles nas redes sociais já demonstrava que boa pessoa ele não é. Ao publicar um vídeo mostrando animais empalados assando em um fogo de chão, Salles colocou na legenda “churrasco vegano” para zombar da causa animal (relembre aqui).

Ele também havia tentado se eleger como deputado federal, mas não conseguiu. Em sua campanha, ele propôs uso de arma de fogo contra animais e pessoas (relembre aqui).

Logo após anunciar Salles como ministro de seu governo, Bolsonaro esteve em um almoço em Brasília com ruralistas e deixou ainda mais claro que o nome de Salles foi um presente do governo ao agronegócio. “Gostaram do novo ministro, né?” – disse o presidente eleito, em vídeo (veja aqui).

Esta semana, porém, Ricardo Salles foi condenado pela Justiça de São Paulo por improbidade administrativa. Quando anunciado por Bolsonaro, ele já era réu por ter fraudado documentos de licenciamento ambiental para favorecer empresários. O caso aconteceu quando ele foi secretário do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) no estado de São Paulo.

Bolsonaro, que sempre reforçou que nenhum condenado pela Justiça faria parte de seu governo, agora aliviou um pouco o discurso. Segundo matéria da revista Veja, o futuro presidente entendeu que a condenação de Salles é fruto de disputa política (veja aqui).

Desta forma, no momento, Bolsonaro defende que um condenado pela Justiça seja ministro em seu governo.

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