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Nota sobre o resgate dos roedores do Instituto Royal


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Por Fabio Chaves, fundador e infoativista do portal Vista-se | 14 de novembro de 2013.

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Na manhã desta quarta-feira, dia 13 de novembro de 2013, precisamente às 6h30, recebi uma ligação da gerente geral do Instituto Royal, Silvia Ortiz, informando que houve uma nova invasão na instituição e que todos os ratos que ainda estavam no prédio foram levados.

Como estávamos em negociação jurídica para tutelar estes animais em nome da ONG Ampara Animal, convidei a voluntária desta ONG Monica Buava Caliman para me acompanhar até São Roque. Nosso objetivo era deixar claro que a Ampara Animal não teve nada a ver com a ação que libertou os animais naquela madrugada e estávamos ainda dispostos a tutelar animais que eventualmente pudessem ter ficado para trás, como aconteceu na primeira vez que entraram no Instituto Royal. Estávamos lutando legalmente para ter a guarda dos animais. A posição oficial da Ampara Animal sobre o acontecido foi divulgada através de nota na tarde do mesmo dia (leia aqui).

Pela primeira vez, ativistas foram autorizados a entrar pelo portão principal do Instituto Royal, acompanhados pelo chefe da segurança. Fomos recebidos por Silvia Ortiz em frente ao prédio do Instituto, que estava com janelas quebradas e com uma grande inscrição da ALF (Animal Liberation Front) na parede. A imprensa entrava e saía do prédio, fazendo imagens. Silvia nos afirmou mais de uma vez que não havia mais animais lá.

Reiteramos a ela nossa posição de ativistas que acreditam nas vias legais. Deixamos claro também que, embora não participemos de ações como esta, entendemos perfeitamente os motivos que levam outros ativistas a agir antes da justiça. Questionamos a demora no processo de tutela dos animais. Silvia, sempre muito polida e educada, afirmou que não dependia apenas da vontade do Instituto Royal e que a demora do processo era, em parte, por conta de uma autorização do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) que não veio a tempo. Ao contrário de Silvia, uma das veterinárias do Instituto Royal não estava nem um pouco calma em relação a toda a história e foi bastante hostil. Com ela não houve diálogo.

O grupo que assumiu a ação chama-se “Coletivo Armageddon Black”. Eles publicaram algumas fotos em sua página no Facebook (veja aqui).

O caso do “Sir Willians”

Aproveitamos o encontro com Silvia Ortiz para questionar também sobre o caso do cão chamado de “Sir Willians”, que havia sido adotado por uma família da cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, após o primeiro resgate de animais realizado no Instituto Royal. Silvia informou que ele está muito bem de saúde e sendo cuidado em uma clínica veterinária. Perguntamos porque ele não poderia ser devolvido à família, uma vez que o Instituto Royal afirmou que vai fechar a unidade de São Roque e que não vai mais utilizar animais. Silvia disse que não depende apenas da vontade dela e que o jurídico do Royal achou por bem manter o “Sir Willians” na situação em que está até que o processo esteja encerrado. Não ficou claro se o Instituto devolverá o cachorro ao final do processo.

Eu, com o Vista-se, fui apenas uma peça de toda a movimentação jurídica que se formou em torno do caso do Instituto Royal. Muitos ativistas fizeram muito nos bastidores para que pudéssemos sair com estes animais de dia, pela porta da frente e com tudo dentro da lei. Infelizmente, ficamos de mãos atadas por semanas e aflitos sem autorização judicial para tutelar estes animais e preocupados com o que poderia acontecer com eles.

Esperamos que as pessoas que arriscaram sua própria liberdade para libertar estes animais que não são tão queridos pela sociedade como os beagles dêem uma vida digna a estes ratinhos. Nós acreditamos que isso vai acontecer, quanto a isso, estamos tranquilos.

Silvia Ortiz já disse verbalmente que não há mais nenhum animal em posse do Instituto Royal. Para firmar essa informação como verídica, pedimos a ela nesta quinta-feira um documento dizendo que não há animais com eles, assim, podemos dar por encerradas as movimentações jurídicas pela tutela deles. Até o fechamento desta nota, o documento ainda não havia sido mandado.

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