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OMS alerta para que pecuaristas parem de usar antibióticos como promotores de crescimento

Em alguns países, cerca de 80% dos antibióticos fabricados vão para animais de fazenda.


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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma nota nesta terça-feira (7) pedindo para que criadores de animais destinados para o consumo humano deixem de usar antibióticos da forma como se pratica atualmente. A nota pode ser lida no site global da instituição, que é ligada à ONU (leia aqui, em inglês).

O padrão atual na pecuária é o uso indiscriminado de antibióticos como promotores de crescimento e também na prevenção de doenças. Os antibióticos, alerta a OMS, devem ser usados apenas em casos de infecções, nunca como agentes preventivos de doenças, e muito menos como drogas para fazer os animais crescerem mais rápido.

Esse uso excessivo de antibióticos traz um risco real para toda a humanidade. À medida que mais e mais antibióticos são usados em bilhões de animais considerados de consumo, mais bactérias resistentes a esses medicamentos surgem.

“A falta de antibióticos eficazes é tão grave como uma ameaça à segurança de um surto mortal de doenças. Uma ação forte e sustentada em todos os setores é vital se quisermos manter o mundo seguro.” – afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.

E o problema aumenta proporcionalmente ao aumento do consumo de produtos de origem animal como carnes, ovos e laticínios. “O volume de antibióticos utilizado em animais continua a aumentar em todo o mundo, impulsionado por uma crescente demanda por alimentos de origem animal.” – disse Tedros.

O uso desses medicamentos é ainda maior em animais criados de forma intensiva, como acontece no Brasil principalmente com aves usadas para produção de carne e também com aquelas exploradas para a produção de ovos.

Quanto maior a concentração de animais por metro quadrado, mais os pecuaristas fazem uso de antibióticos para evitar doenças. Em alguns países, diz a OMS, cerca de 80% de todo o consumo de antibióticos está na área de produção animal. Isso acontece especialmente na indústria de frangos, mas é comum na criação de outros animais também.

Esses antibióticos são idênticos ou muito parecidos com os que são usados em seres humanos. E essa bola de neve tem criado superbactérias com as quais não conseguimos lidar mais com os medicamentos já desenvolvidos. Uma epidemia de alguma superbactéria poderia causar uma tragédia mundial.

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