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ONGs de defesa animal da Irlanda resgatam animais de galeria


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A história se repete: há cerca de dois anos, numa galeria de arte, uma cadela abandonada e doente foi deliberadamente deixada para morrer de fome e de sede como parte de uma “instalação plástica” do costa-riquenho Guillermo Vargas Habacuc. Chamava-se Natividad e o seu sofrimento suscitou o repúdio de milhões de pessoas em todo o mundo, gerando uma das maiores e mais expressivas petições da história da Internet: mais de dois milhões de assinaturas.
Desta vez, uma idêntica tentativa de (ab)uso de animais em nome da arte foi combatida a tempo, em espaço europeu. Na Irlanda, após várias semanas de protestos de associações e de cidadãos, o Drogheda Arts Center retirou finalmente de exposição dois cães abandonados que, desde 25 de fevereiro, haviam sido confinados a duas jaulas no âmbito da “instalação” If art could save your life (Se a arte pudesse salvar a tua vida, em português).

O autor, Seamus Nolan, 30 anos, atualmente morando e trabalhando em Dublin, usara argumentos não muito diferentes dos de Guillermo Vargas Habacuc como justificativa: as suas “criações plásticas” constituiriam, em seu entender, um “manifesto contra a indiferença e a hipocrisia” e pretenderiam “questionar a noção de objeto” no sistema de valores da sociedade atual.

Provenientes do County Louth Public Dog Pound, o equivalente a um canil municipal, os dois animais – um com quatro anos, outro com cerca de um ano de idade – foram retirados da galeria no dia 4 de março e de imediato encaminhados para adoção. Seamus Nolan e a instituição que o acolheu pretendiam devolver os animais ao canil para aí serem abatidos uma vez terminada a “exposição”.

Segundo a National Animal Rights Association, da Irlanda, esta vitória da sociedade civil irá dar frutos no futuro: o Drogheda Arts Center comprometeu-se a “não aceitar mais animais” na “instalação” em apreço – que continua patente até dia 20, agora com as jaulas vazias – e a ajudar outros a encontrarem novas casas. Nomeadamente os que se encontram no canil de Louth.

Uma petição relativa a este caso, está disponível para colher assinaturas em www.petitiononline.com/justine1/petition.html, relembrando, entre o normativo internacional, o articulado do Tratado de Lisboa, no qual expressamente se sublinha que os animais “não são objetos”.

Maria João Pinto – Diário de Notícias
Fonte: ANDA

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