- visualizações

Oxfam denuncia que funcionários de aviários são obrigados a usar fraldas para não perder tempo

Situação degradante na indústria do frango.


  Achou útil? Clique no coração e agradeça.


Um recente relatório publicado pela Oxfam – entidade internacional que luta contra a pobreza e contra injustiças sociais – revela informações pouco imagináveis para o consumidor comum (veja aqui, em inglês).

Ao entrevistar 266 funcionários de grandes frigoríficos de aves dos Estados Unidos, a Oxfam levantou que 86% deles afirma não ter mais do que 2 pausas no trabalho para ir ao banheiro. Mas isso por semana, e não por dia. Diante da situação e com medo de perder o emprego, muitos trabalhadores passaram a usam fraldas e literalmente urinam e defecam enquanto cortam e embalam frangos.

A situação degradante e humilhante acontece porque as metas das linhas de produção de frigoríficos são desumanas. Isso já vem sendo denunciado há anos em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Mas antes do relatório da Oxfam, poucos poderiam imaginar quão longe a ganância e a falta de consideração ao ser humano poderiam ir dentro de empresas de processamento de carne.

Os poucos funcionários entrevistados que alegaram poder ir ao banheiro sempre que precisam pertencem a frigoríficos com forte atuação de sindicatos, segundo a Oxfam.

“Enquanto a indústria aviária goza hoje de lucros recordes, a realidade da vida no interior das fábricas de processamento permanece penosa e perigosa.” – diz a entidade, referindo-se também aos números de lesões e doenças sofridas pelos trabalhadores.

No Brasil, embora não haja denúncias sobre trabalhadores não poderem ir ao banheiro, existe uma forte pressão para que os frigoríficos adequem as condições de trabalho. Em 2011, a ONG de justiça social Repórter Brasil lançou um excelente documentário chamado Carne E Osso (assista aqui), que denuncia as condições de trabalho dos trabalhadores brasileiros dentro de frigoríficos.

Entre os principais problemas relatados por funcionários brasileiros, estão os movimentos iguais e constantes que causam graves casos de LER (Lesão por Esforço Repetitivo). A equipe do documentário foi conhecer casos de trabalhadores que foram mandados embora sem direitos após acidentes na linha de produção. Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os casos são rotineiros, e não isolados.

  Achou útil? Clique no coração e agradeça.

Ir para a capa do Vista-se (clique aqui)

Apoie com R$ 1,00 por mês (clique aqui)

Nossas redes sociais:
Facebook | YouTube | Instagram | Twitter

Publicidade: