Richard Rasmussen opina sobre bois: “só existem porque a gente come eles”
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O biólogo e economista Richard Rasmussen, conhecido por suas aparições na TV, participou recentemente de um podcast ligado ao setor pecuário e defendeu a ideia de que animais como bois e jumentos só existem porque são úteis ao ser humano. Segundo ele, se não fossem explorados, essas espécies poderiam ser extintas — argumento que revela uma visão antropocêntrica e utilitarista da vida.
Do ponto de vista ético e vegano, tal pensamento é insustentável. A existência de um animal não pode depender de seu valor econômico ou de seu uso para fins humanos. A vida tem valor intrínseco, e manter seres sencientes apenas para explorá-los é moralmente inaceitável. É preferível que uma espécie não exista a vê-la perpetuamente escravizada.
Rasmussen chegou a comparar a criação de bois com o “salvamento” do pirarucu por meio da pesca comercial, ignorando completamente o sofrimento dos indivíduos. A preocupação com a “espécie” serve apenas para mascarar a exploração dos corpos e das vidas desses animais.
O discurso de Rasmussen reflete o pensamento dominante de uma sociedade que confunde conservação com consumo, e proteção com lucro. Enquanto enxergarmos os animais como recursos e não como sujeitos, estaremos longe de qualquer forma verdadeira de coexistência.
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