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Decidi ser vegetariano, e agora?


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Carla Knoplech, JB Online

RIO – A palavra ‘vegetariano’ não é originária da base da alimentação vegetal, mas da expressão latina “vegetus” que significa forte, vigoroso e saudável. Há quem simpatize com a causa, há quem a pratique, quem não coma carne e quem simplesmente não ligue para o vegetarianismo. Antes de tudo, vegetarianismo é um movimento que tem uma filosofia bem definida e simpatizantes por todo o mundo.

Teoricamente ele é um regime alimentar baseado em alimentos de origem vegetal, os vegetarianos excluem da sua dieta carne, bem como alimentos derivados, como por exemplo a gelatina feita com base em ossos animais. Os ovolactovegetarianos consomem também ovos e leite, e os lacto-vegetarianos leite e lacticínios.

Os vegetarianos estritos excluem da sua alimentação todo e qualquer alimento de origem animal, ou com ingredientes de origem animal. Os veganos excluem todos os produtos de origem animal não só da sua dieta como de tudo o que consomem, incluindo cosméticos, vestuário e calçado, entre outros produtos.Para entender um pouco mais a causa entrevistamos três pessoas: um vegetariano, um ex-vegetariano e um vegano.

A estudante de cinema Rafaela Sasson é vegetariana há um ano e conta que sempre pensou em parar de comer carne, mas se interessou pela causa quando viu o filme “Fast Food Nation”. O filme conta a história da má alimentação dos norte-americanos e atenta para a questão exploratória da nação mexicana.

– Eu não como carne, nem mariscos, nem embutidos, mas como peixe. Virei vegetariana quando estava morando em outro país, no início acabei engordando muito porque só comia massa, mas gostei da sensação de diminuição do inchaço e da melhora na digestão. Quando voltei para o Brasil fiz dieta orientada por uma médica endocrinologista e acabei emagrecendo mais de dez quilos. Já encontrei vários vegetarianos mais radicais que eu, mas eu não tento mudar o pensamento deles. Penso em passar esse hábito para meus filhos, mas não vai ser algo que vou impor – disse Rafaella.

O diretor de teatro Diego de Souza foi vegetariano por três anos e meio e hoje em dia voltou a comer carne. Ele que era “semi- ovolactovegetarianos” conta que os hábitos da cidade grande mudaram a sua escolha.

-Virei vegetariano com 15 anos da idade, por influência do meu pai que fazia ioga e me passava ensinamentos de outras culturas. No início, apenas não comia carne vermelha, e depois parei de comer todas as carnes. A base da minha alimentação era arroz integral, grão-de-bico, saladas e verduras, ou seja: um prato bem colorido. Fui voltando a comer carne aos poucos, por uma questão de vontade, até porque essas divisões e nomenclaturas dentro do mundo vegetariano são rótulos muito fortes, já somos rotulados com tanta coisa na vida… Eu sou capixaba e vim morar no Rio de Janeiro, percebi que era sempre o chato e não tinha ninguém para dividir os pratos de comida em restaurantes – explica Diego.

Rosa Antunes, de 27 anos, era militante da causa “Veg”. Vegana assumida, ela explica que o movimento é muito mais do que ‘não comer carne’, tem a ver com a exploração dos animais, a utilização de animais em projetos científicos e todo o descaso com o meio-ambiente.

-Primeiro fui vegetariana e depois me tornei vegana, porque quando somos apenas ovolactovegetarianos não percebemos o quanto ainda estamos sendo cruéis com os animais. Há vídeos como “A carne é fraca” e “Terráqueos” que me chocaram por falarem da causa de exploração animal de forma incisiva. Existem grupos que atentam para o simbolismo do movimento com panfletagens e se auto-entitulando como grupos de libertação animal -contou Rosa.

Rosa disse ainda que os veganos só precisam repor a vacina B12, no resto, há alimentos substitutos à todos os nutrientes.

– Temos que nos alimentar bem para mostramos que somos veganos saudáveis. Sei, no entanto, que há alguns veganos, principalmente os que começaram agora, que são muito radicais e não admitem namorar alguém que coma carne. Hoje em dia entendi que para passar o que acreditamos adiante precisamos ser tolerantes, e muito. Até namoro um rapaz que come carne, veja só – finalizou Rosa.

FONTE: Jornal do Brasil

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Comentário Vista-se
Obrigado Carla Knoplech por abordar este tema. É importante esclarecer bem essa pauta que, felizmente, anda em todos os meios de comunicação.

Só um adendo: A entrevistada Rafaela Sasson não é vegetariana. Pessoas que comem peixe são simplesmente pessoas que se preocupam com sua saúde e procuram uma dieta mais equilibrada, mas DEFINITIVAMENTE não são vegetarianas.

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