Espanha: fim de semana tem dois homens mortos por conta da cultura das touradas e festivais

No último sábado (9), o toureiro Víctor Barrio, de apenas 29 anos, morreu em uma tourada em Teruel, na Espanha. Ele teve seu pulmão perfurado pelo chifre do touro que ele estava matando.

Autointitulado “matador”, Víctor já havia matado centenas de touros. Além de esfaquear os animais e dar-lhes uma morte lenta e sofrida, para delírio do público, Víctor tinha o hábito de cortar as orelhas e o rabo de suas vítimas. Na foto, à esquerda, ele aparece com um par de orelhas em uma imagem divulgada em seu site. À direita, o momento em que ele foi gravemente atingido e morto.

Também segundo seu site pessoal, Víctor decepou 240 orelhas em apenas 4 anos de profissão.

Antes funcionário de um campo de golfe, o jovem decidiu entrar para o mundo das touradas por admirar os toureiros como se fossem heróis. Em entrevistas, ele dizia que tinha até vergonha de falar com os toureiros, por admirá-los demais.

Não estamos aqui para comemorar a morte do rapaz, mas sim para propor uma reflexão. Felizmente, não há touradas no Brasil, mas há rodeios. A cultura que se cria em torno desses eventos é nociva para os seres humanos e também, claro, para os touros e outros animais explorados. Ensina-se às crianças que é normal e aceitável torturar animais e usá-los para diversão, independentemente do que eles podem sentir e sofrer.

Também no sábado (9), na cidade de Pamplona, um outro espanhol teve seu pulmão perfurado pelo chifre de um touro. Ele tinha apenas 28 anos. O caso aconteceu durante o terceiro dia da Festa de São Firmino. O evento, que acontece todo ano, tem nove dias de festividades que envolvem muitos touros soltos pelas ruas.

Conforme noticiamos na última terça-feira (5), um grupo de ativistas fez um protesto para que a festa não acontecesse (relembre aqui), mas não foram ouvidos. Todo ano, mais de 70 touros morrem durante as comemorações da Festa de São Firmino. E nas arenas de touradas, centenas – talvez milhares – de touros são esfaqueados anualmente até a morte.

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