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Animale recebe críticas por usar peles de cobras, coelhos e até de guaxinins em nova coleção

A marca pode ainda estar fazendo venda ilegal na cidade de São Paulo.


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Na última sexta-feira (28), a ONG paulistana Move Institute denunciou o uso de peles de coelhos, cobras e guaxinins na nova coleção da marca de roupas Animale (confira aqui). A ONG apresentou uma foto do material usado pela marca para instruir as vendedoras de todo o Brasil sobre as novas peças que estão chegando às lojas.

No material da Animale, o texto dá argumentos às vendedoras para que elas possam responder algum possível questionamento sobre as peles usadas.

“Nesse inverno 17, estamos trabalhando com as peles de cobra da Mongólia e de coelho canadense – e 2 modelos das peças de coelho também possuem uma pequena aplicação de pele de guaxinim. Coelho: as peles usadas são de animais criados para o ramo alimentício. No momento, estamos usando as peles do Canadá. Em alguns países diferentes do Brasil, a carne desse animal é bastante consumida para alimentação. Nossos fornecedores trabalham com peles de animais em cativeiro e certificado do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).” diz o material que, vale ressaltar, tem redundâncias e erros.

Ainda na sexta-feira (28), a apresentadora Luisa Mell publicou a respeito da coleção, criticando fortemente o uso de peles (veja aqui). Em resposta, a Animale diz não sacrificar nenhum animal (veja aqui). É interessante como a marca se posiciona como “se eu não matei, tudo bem”, exatamente como fazem algumas pessoas ao consumir produtos de origem animal, tentando se eximir da culpa de fomentar o assassinato.

A Animale tem lojas espalhadas em todo o país, mas as maiores e mais rentáveis ficam na cidade de São Paulo. Segundo a LEI 16.222/2015, vender roupas feitas com peles de animais criados exclusivamente para esse fim é proibido na cidade. Noticiamos isso em março de 2016 (relembre aqui). Veja o que diz a LEI:

Art. 3º Fica proibida a comercialização de artigos de vestuário, ainda que importados, confeccionados com couro animal criados exclusivamente para a extração e utilização de pele, no âmbito do Município de São Paulo.

As peças com pele de coelho não ficam proibidas, segundo a LEI, já que os animais são criados para fins alimentícios e a pele usada seria um descarte dessa produção. Não é menos cruel, mas legalmente ainda é permitido. Já as peles de cobra da Mongólia e de guaxinins estão sob suspeita e cabe às autoridades a averiguação sobre a origem desses materiais.

Se constatado que as peles de cobra e guaxinim são fruto de uma criação exclusiva para a indústria da moda, a Animale terá que tirar as peças das vitrines na cidade de São Paulo.

Intitulada de “A Grande Beleza”, a nova coleção da Animale não passa de “A Grande Crueldade” e quem compra ou usa é conivente com isso. Deixe uma mensagem nas redes sociais da Animale pedindo que eles deixem de usar peles de animais (Facebook / Instagram).

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