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Chega ao Brasil livro sobre o carnismo, ideologia por trás do consumo de carne

Uma abordagem diferente e muito bem embasada.


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Sinopse

Melanie Joy investiga de forma brilhante e inovadora por que nós estamos tão dispostos a comer certos animais enquanto jamais sonharíamos em comer outros. Nossa disposição para fazer isso só existe porque negamos a realidade. Ignoramos as evidências de que os animais têm consciência e que não precisamos de carne em nossa alimentação, pois, na maioria das vezes, vivemos mais tempo e melhor sem ela. Diferente de muitos livros que explicam por que não devemos comer carne, este explica por que comemos carne e como podemos fazer escolhas mais conscientes, como cidadãos e consumidores.

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Livro polêmico sobre o “Carnismo”

Chega ao Brasil, pela Editora Cultrix, “Por que amamos cachorros, comemos porcos e vestimos vacas – uma introdução ao carnismo”, único livro editado em língua portuguesa sobre o termo “carnismo” e que já foi lançado em mais de 10 países.

Melanie Joy levanta questões de extrema importância como: é frequente o pensamento de que cachorros são animais de estimação– na verdade quase um membro da família– enquanto bois, porcos e galinhas são tratados e vistos apenas como comida. Porque acreditamos piamente nestas imposições da sociedade?

No livro é possível entender de forma clara e objetiva todo o processo psicossocial que nos foi imposto pela sociedade. A autora Melanie Joy inicia a obra com um exemplo perturbador: Você é um convidado num jantar elegante, e está sentado junto a outros convidados em uma mesa caprichosamente elaborada e a conversa flui livremente. Sua amiga emerge da cozinha com uma travessa fumegante de um apetitoso guisado. Você se serve de uma generosa porção e, depois de comer pedaços de carne macia, pede a receita a sua amiga. Ela responde, começamos com dois quilos e meio de carne de golden retriever, bem marinada e depois… Golden Retriever? Você congela no meio da mordida e reflete: a carne em minha boca é de um cachorro! Muitas ideias passam por sua cabeça, até que a sensação sobre a comida passe do prazer para um certo grau de repulsa. Mas vamos supor que sua amiga ri e diz que estava brincando, e que na verdade é carne de vaca. Como você se sente agora? É provável que mesmo sabendo que o guisado no prato é o mesmo que comia a alguns instantes, você sentisse desconforto emocional residual e na próxima vez que ingerisse uma receita com carne, isso iria afetá-lo. Por que temos este tipo de reação?

Melanie explica que isso ocorre porque reagimos de modo diverso a diferentes tipos de carne, não porque haja uma diferença física entre elas, mas sim porque a percepção que temos em relação aos animais é diferente, conforme uma série de crenças e tradições, e que estas estão enraizadas demais em nosso subconsciente. A razão disto acontecer é que além de nossas percepções com relação a carne variar de acordo com a espécie de animal de que ela provém, temos a percepção de que um cachorro, um animal que amamos, é um bicho de estimação, enquanto as vacas, são apenas um tipo de alimento a ser consumido.

É fato que nossas crenças levam a nossas ações e quanto mais comemos vacas e deixamos de comer cachorros, mais reforçamos a crença de que cachorros não são comestíveis e vacas são. Na realidade o carnismo deve ser tratado mais a fundo, por ser uma ideologia dominante, difundida de tal forma que faz todos crermos o que é certo e errado quando na verdade, o ser humano come carne de determinado animal e tem outro como um bicho de estimação por pura ideologia imposta.

A pergunta que precisamos fazer não é por que não devemos comer animais, e sim por que os comemos”. A resposta a essa pergunta está no que a autora chama de os 3 N’s: normal, natural e necessário, acrescentando-se a isso o “mito” da necessidade de ingerir proteínasanimais. Segundo Joy, essa mentalidade (relacionada à ingestão de proteínas animais) já tem mudado em países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido, que durante os últimos anos, não só reduziram o consumo de carne, como também substituíram a ingestão de proteína animal pela vegetal, pois há estudos que advogam em prol desta proteína, que não só é livre de colesterol como de gorduras saturadas.

Ainda segundo a autora, a solução para este problema mundial se dará primeiro individualmente, o que pode mudar o nosso modo de pensar e de viver. Ele o levará da negação à consciência do problema, da passividade à ação e da resignação à esperança.

Vídeo onde a autora comenta sobre o livro | Youtube

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