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Não tenha vergonha na cara


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porAnderson Santos
Hoje recebi um link sobre um conceituado médico vegetariano aparecendo num programa de televisão para falar da quantidade da carne recomendada na dieta. A situação indignou muitos vegetarianos, inclusive a mim, mas o que nos leva a ter essa indignação?

Como médico, ele estava apenas expondo a opinião do conhecimento científico atual sobre o assunto: em pequenas quantidades e determinados tipos de carnes, não há provas suficientes que sejam prejudiciais (o que não significa que não possam ser), entretanto, o que torna a entrevista mais frustrante é o fato que ele não fez o esforço que esperamos para promover o vegetarianismo numasituação tão propícia para a sua divulgação.

Então, qual é o problema?

O ponto mais frustrante na minha opinião é ele comentar que não come carne por opção pessoal. Ao dizer isso ele simplesmente está deixando de lado todo o processo desumano que envolve a produção de carne e derivados e todo impacto ambiental, para dizer que só não come carne quem não quiser. Ainda mais na presença de uma médica com uma cega opinião que carne é importante na dieta, principalmente com crianças.

Por opção pessoal, a grande maioria dos seres humanos não roubam ou matam outros humanos, mas isso é benefício de uma cultura que é contrária essa idéia, porém, em um sociedade onde comer carne é visto como necessário, tomar uma postura contrária não é apenas admirável como necessária, principalmente vindo de um médico autor de diversos livros sobre dieta vegetariana.

E essa situação me lembrou a opinião da atriz Emily Deschanel que ganhou um prêmio de ativismo de uma organização americana por sua atitude de “incomodar pessoas pelos animais”.

Ao contrário da postura conservadora do médico brasileiro, a atriz diz que sempre que possível ela incomoda as pessoas para trazer a discussão dos direitos animais nos seu trabalhos. E que isso é o mínimo que ela pode fazer para ajudar a melhorar as condições para os animais. E ressalta que se alguém tem facilidade para argumentar a favor do vegetarianismo e levantar a discussão, deve-se fazê-lo.

Por isso, meus caros leitores, não tenham vergonha na cara, levantem a discussão, quebrem mitos e discutam seja no rádio, na tv, no seu ambiente de trabalho, e promovam o vegetarianismo de uma forma positiva. Somente assim vamos conseguir criar uma opinião legítima sobre um assunto que nos últimos meses no Brasil só está sendo visto com preconceito.

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