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Greve: pecuaristas dizem que animais já estão morrendo de fome, mas há um grande dilema nisso

Existe um grande dilema em tudo isso.


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Exploradores de porcos de Mato Grosso alegam que já há centenas de animais morrendo de fome em suas fazendas. Isso seria, segundo eles, uma nova consequência da greve dos caminhoneiros em todo o Brasil.

Segundo matéria publicada no site da ACRISMAT – Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (veja aqui), o estoque de ração nas fazendas é baixo, para 2 dias apenas. Algumas chegam a ter mais de 220 mil animais e, em pelo menos 2 delas, já foram registradas mortes que, segundo os pecuaristas, foram causadas por inanição.

Em todo o país, associações pecuaristas estão entrando na Justiça em busca de liminares para que o transporte de animais vivos e de ração seja garantido.

No site do programa Globo Rural – aquele mesmo que vangloria a pecuária brasileira o tempo todo –, foi publicada uma reportagem sobre supostos caminhões parados em protestos que estariam carregados com animais vivos (leia aqui). Ainda segundo o Globo Rural, há animais que estão sem comer, na estrada, há mais de 50 horas.

Por outro lado, a ABCAM – Associação Brasileira dos Caminhoneiros diz que, pelo menos até sexta-feira (25), a passagem de caminhões com animais vivos está liberada nos protestos. Noticiamos sobre isso nessa quarta-feira (23) aqui no portal Vista-se (relembre aqui).

Embora haja mesmo a forte possibilidade de que existam animais em algum bloqueio pelo país, aparentemente os pecuaristas estão tentando conquistar a opinião pública para que sua atividade de matar animais mantenha-se firme. Frigoríficos de todo o país, centenas deles, já paralisaram o abate de animais e isso tem causado um prejuízo enorme à toda a cadeia produtiva que explora animais.

Quem se preocupa com os animais está em um dilema, já que lutar para que seja liberado o transporte de animais vivos durante toda a greve seria como se aliar aos pecuaristas, porque seria ótimo para eles.

Não lutar por isso, no entanto, poderia significar a condenação dos animais que estão nos caminhões à morte por fome e calor.

O ideal seria que apenas os caminhões com animais que já estivessem em trânsito fossem liberados e que novos caminhões não fossem carregados com animais nas fazendas. Mas como fiscalizar isso? Tudo muito complexo.

Já sobre os caminhões de ração, não há dúvidas: eles precisam ser liberados.

Os caminhoneiros grevistas, por sua vez, buscam de forma legítima a redução de impostos e de outros encargos que inviabilizam as atividades do setor.



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