Atuante no movimento negro e na causa vegana, ativista brasiliense pede diálogo entre as lutas
Confira a reflexão de um ativista que vê os dois lados.
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O ativista Leonardo Ortegal, que tem 31 anos e mora em Brasília, há 12 anos decidiu ser vegano por considerar a causa da não violência contra os animais digna de sua atenção. Ao mesmo tempo – e também há muitos anos –, ele atua no movimento que luta pelos direitos do povo negro.
Membro do Grupo de Estudos Afrocentrados no Distrito Federal (GEAC) e também da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), Leonardo escreveu recentemente para o AfroPress, um conhecido e respeitado veículo de comunicação do movimento negro.
O texto traz à tona um antigo debate que costuma dividir opiniões e que, por isso mesmo, é importante. Leonardo diz o seguinte: “O movimento vegano continua sendo elitista, praticando racismo e outras formas de violência também (…)”. O ativista se refere não ao movimento vegano em sua totalidade, e sim àqueles que insistem em propagar pensamentos reacionários dentro do veganismo, conforme ele confirmou ao Vista-se posteriormente.
No geral, há de se concordar, o movimento vegano ainda é formado em sua maioria por pessoas brancas e de bairros considerados mais nobres, como Leonardo também cita em seu texto. Como mudar isso para incluir a todos é o que fica como reflexão.
A intenção do texto publicado no AfroPress, segundo Leonardo, é trazer luz ao tema. “A ideia era fazer esse texto comunicar com a parte do movimento negro que tem resistência ao veganismo.” – disse.
Segundo Leonardo explica em seu texto, o movimento vegano acaba atingindo ativistas do movimento negro sem a intenção de fazê-lo, como em comparações da escravidão animal com a escravidão do povo negro. Pessoas que não têm a mesma visão dos veganos a respeito da escravidão animal podem se sentir agredidas com tal comparação e isso causa um distanciamento.
Por outro lado, muitos veganos consideram que a luta do movimento negro deveria incluir também os animais e, por isso, o movimento do povo negro é considerado especista por alguns veganos.
O fato é que cada movimento dá prioridade à causa que o norteia e isso é normal e acontece também com outras frentes de luta. Mas também é fato que o assunto merece, ao menos, uma conversa a respeito. Unir forças entre as minorias é sempre melhor do que causar atrito.
No meio disso tudo e participando dos dois lados, Leonardo tem bastante a dizer em seu texto, confira o link abaixo.
Serviço
Leia o texto de Leonardo na íntegra no portal AfroPress (leia aqui).
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