Brasil é o segundo maior produtor mundial de transgênicos
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Entre 2009 e 2010, a área de cultivo de transgênicos cresceu 19% no país. Mas ainda é difícil saber se o alimento que você está levando para casa é geneticamente modificado. Mais resistentes, mais produtivos, mais lucrativos. Desde a liberação para o cultivo de sementes transgênicas no Brasil, em 97, os produtores comemoram os resultados.
Entre 2009 e 2010, a área de cultivo de transgênicos cresceu 19% no país. Foi a maior expansão num mundo que já tem 148 milhões de hectares plantados com sementes modificadas.
Os maiores produtores são os Estados Unidos. O Brasil aparece em 2º lugar, seguido de perto pela Argentina.
Hoje, 76% da soja brasileira é transgênica. Assim como 56% da de milho e 27% da de algodão.
O presidente da Isaaa, uma organização internacional que defende os transgênicos, afirma que esses números vão aumentar. Para ele, o Brasil tem uma grande oportunidade e papel importante na produção de alimentos já que, até 2050, a demanda por comida no planeta vai dobrar.
Mas a tecnologia dos transgênicos ainda é polêmica. Há 15 anos, ambientalistas reclamam que as sementes modificadas deveriam estar nos laboratórios e não no campo.
“Porque eles não foram testados com a garantia necessária para que um consumidor quando entra no supermercado e compra um produto que contenha transgênico tenha a certeza que aquele produto não lhe fará mal e a sua família”, diz o diretor do Greenpeace, Sérgio Leitão.
Ambientalistas, agricultores e cientistas vão discutir durante muito tempo se os transgênicos são bons ou não. Se a tecnologia é segura ou se oferece riscos. O fato é que produtos geneticamente modificados saem das lavouras e consequentemente chegam às prateleiras em quantidades cada vez maiores. A lei brasileira diz que o consumidor tem direito de saber se está levando um transgênico para casa. Mas na prática isso é muito difícil.
Qualquer produto que tenha na sua composição pelo menos 1% de transgênicos precisa ter esse símbolo no rótulo. Mas, não existe uma forma de conferir essa quantidade.
“A limitação de 1% acaba prejudicando e impossibilitando a rotulagem de transgênicos prevista na lei de biosegurança e no código de defesa do consumidor. O consumidor não consegue saber se ele consome um produto transgênico”, diz a advogada do Idec, Juliana Ferreira.
Há cinco anos, o Instituto de Defesa do Consumidor briga na justiça para que, independentemente da concentração, a marca do transgênico seja colocada no rótulo.
Mas isso só vai fazer diferença, se o consumidor for apresentado a ela.
Fonte: Jornal da Globo
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