Pouco conhecida dos brasileiros, indústria de abate de cavalos comemora crescimento no país
Após anos de exploração, cavalos são vendidos a R$ 1,10 o quilo.
Uma reportagem publicada nesse domingo (3) na Folha de S. Paulo (veja aqui) levantou novamente um assunto pouco debatido no Brasil: o abate de cavalos para consumo de sua carne.
Não há debate porque os brasileiros custam a acreditar que isso seja legalizado no país, já que o cavalo é visto com um animal para outras funções, e não para alimentação. Mas a verdade é que existe uma pequena indústria nacional de abate de cavalos formada por apenas dois frigoríficos.
Como praticamente não há consumo interno desse tipo de carne, quase toda a produção é exportada, principalmente para a Bélgica. Itália, Rússia, Japão e China (em ordem de faturamento) também estão entre os compradores dos cavalos brasileiros abatidos.
Os dois frigoríficos brasileiros especializados nesse tipo de morte são administrados por uruguaios. Um chama-se Prosperidad e fica em Araguari, Minas Gerais. O outro fica em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, e chama-se Foresta.
Esses frigoríficos não criam cavalos para o abate, 100% dos animais mortos são comprados de haras e outros locais que exploram cavalos para o entretenimento ou para o trabalho forçado. Eles não criam para o abate porque o manejo dos cavalos é muito mais caro do que o dos bois. Além disso, o cavalo come muito em troca do que gera de carne aos empresários, por ser um animal naturalmente mais magro.
Ainda na reportagem da Folha de S. Paulo, o representante de um haras de Goiás explica, sem muita cerimônia, que eles vendem para o abate os cavalos com mais de 12 anos, que são considerados descarte.
O frigorífico compra os cavalos por R$ 1,10 o quilo, mata e vende em pedaços para o exterior. Isso está de acordo com as leis brasileiras e o setor comemora um aumento de 30% no número de animais mortos. Só em 2015, 24.200 cavalos foram mortos nesses dois frigoríficos.
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