Refugiado do Congo que abriu um restaurante vegano em São Paulo fala sobre preconceitos

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Pitchou Luambo é um imigrante congolês que está fazendo muito sucesso com a comida tradicional de seu país em um pequeno restaurante na capital paulistana. No fim de setembro, contamos a história dele aqui no Vista-se (relembre aqui) e, desde então, o restaurante Congolinária (Facebook) vive cheio e Pitchou já deu várias outras entrevistas.

A youtuber Stephanie Lourenço, do canal (YouTube) Amiga do Esquisito (o nome se deve a um cachorrinho que Stephanie adotou chamado carinhosamente de Esquisito), esteve com Pitchou e conversou um pouco sobre ele e a respeito de suas impressões do Brasil e sobre as perspectivas dele para o futuro.

Pitchou disse que se sente bem recebido no Brasil, mas sabe que há uma tendência de parte da população a achar que refugiados vêm para o país para roubar empregos. Por isso mesmo ele faz questão de trazer o melhor da gastronomia de seu povo, de sua música e de sua cultura em geral. Ele acredita que assim as pessoas vão ver que ele quer somar à cultura brasileira, diversificar e ajudar.

Formado em direito, Pitchou era ativista em um movimento em defesa das mulheres em seu país natal. No vídeo que você confere abaixo, ele argumenta que todas as lutas devem estar atreladas. Quem se preocupa com as crianças, com o meio ambiente, com os animais, com a questão social e outras causas deve enxergar um ponto em comum. É por isso que ele se tornou vegano, por entender que faz sentido defender os animais, porque eles são vulneráveis à ação do ser humano.

O Brasil, como todos sabem, é uma mistura de povos e é difícil entender como alguém pode ainda considerar que imigrantes devem ficar longe daqui. Um exercício fácil e pessoal que propomos aos nossos leitores é observarem seus próprios sobrenomes. Certamente tem muita histórias de imigração neles. De quem país você veio, considerando o seu passado e a história de sua família?

Procurar um lugar melhor para viver é direito de todos. Italianos, japoneses, austríacos, paraguaios, congoleses, haitianos, alemães e todos os outros imigrantes devem ser bem recebidos.

Assista ao vídeo | YouTube

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