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Bancada Ruralista pressiona governo pelo controle do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA

Conflito de interesses.


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A chamada Bancada Ruralista, formada por deputados e senadores apoiados por forças do agronegócio, está neste momento buscando ocupar dois dos mais importantes espaços políticos para quem se preocupa com o meio ambiente.

O alvo da Bancada Ruralista sempre foi o Ministério do Meio Ambiente, tradicionalmente um dos mais independentes da Esplanada dos Ministérios. Mas, esta semana, a pressão está intensificada, pois o ministro da pasta, Sarney Filho, entregou o cargo na sexta-feira (7) para disputar uma cadeira no Senado.

Além do Ministério do Meio Ambiente, os ruralistas estão se movimentando para colocar um dos seus à frente do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A dobradinha é perfeita para quem quer desmatar à vontade sem sem incomodado, já que cabe ao IBAMA a fiscalização em campo.

Para ministro, os ruralistas querem Maurício Lopes, atual presidente da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Para chefiar o IBAMA – e deixar todos os fazendeiros tranquilos –, o nome apontado é o de Evaristo de Miranda, amigo de Lopes e também pesquisador da EMBRAPA.

A busca pelo Ministério do Meio Ambiente pelos ruralistas é tão intensa que Jair Bolsonaro já deixou claro, em vídeo, que vai entregar a pasta à Bancada Ruralista, se for eleito (relembre aqui). Michel Temer, apesar de um pouco mais discreto, é também muito próximo dos ruralistas e é muito provável que realize o desejo deles em troca de apoio político (no mínimo).

Há quase vinte anos o Ministério do Meio Ambiente tem sido chefiado por políticos apoiados por entidades ambientalistas. Uma tradição positiva que, infelizmente, parece estar perto do fim.

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