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Delegacia investiga em que condições aconteceu abate de capivaras em Campinas, SP


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SÃO PAULO – A delegada titular do setor de defesa dos animais de Campinas, a 94 km de São Paulo, Rosana Mortari, instaurou, nesta quinta-feira, um termo circunstanciado para apurar em que condições foram abatidas as capivaras que estavam no parque do Lago do Café. O objetivo das investigações é saber se o polêmico abate foi feito conforme as recomendações do Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que a delegada não foi avisada e, assim, não pôde acompanhar o processo.

A partir desse termo circunstanciado, a delegada deve chamar algumas pessoas para depor nos próximos dias e aguarda também o resultado dos laudos, que foram feitos no Lago do Café para concluir a investigação paralela sobre maus tratos.

As capivaras que estavam confinadas no Lago do Café, em Campinas, foram abatidas no último dia 12, em uma operação que envolveu técnicos da Vigilância Sanitária e de setores da prefeitura municipal. O processo de eutanásia, realizado entre as 16h e 21h, foi realizado por pelo menos 25 pessoas. De acordo com a prefeitura, não foi divulgado com antecedência por se tratar de “assunto técnico, em que não é necessário avisar a população”.

Entre 2006 e 2008, três funcionários da prefeitura que trabalhavam no Lago do Café morreram com febre maculosa. O parque, uma das principais áreas de lazer de Campinas, foi interditado por causa da infecção do carrapato-estrela. Nos últimos dois anos, foram registradas sete mortes por febre maculosa na cidade.

A eliminação das capivaras, hospedeiras do carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa e, por isso, representam risco à saúde de quem freqüenta a área, viraram motivo de polêmica entre a prefeitura e um grupo de ambientalistas da cidade, que tentaram na Justiça impedir o abate, mas não conseguiram.

No dia seguinte ao abate, representantes do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas, do Peta, da Associação de Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) e dos Ativistas Veganos Independentes usaram cruzes, cartazes e acenderam velas, para informar a população sobre a morte das capivaras.

No dia do abate, pelo menos 30 pessoas, representantes do conselho e de outras entidades de proteção dos animais, foram até o Lago do Café, depois de serem avisados por moradores vizinhos sobre o caso. O grupo, no entanto, foi impedido de entrar pela Guarda Municipal, que chegou a jogar gás de pimenta, de acordo com o presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais.

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