Evento ‘Dia do Fogo’, em apoio à política ambiental de Bolsonaro, pode ter sido estopim na Amazônia

Muito tem se falado sobre as queimadas na Amazônia e até mesmo ONGs ambientalistas foram acusadas pelo presidente Jair Bolsonaro de estarem colocando fogo na floresta para prejudicar o governo.

Fortes indícios, no entanto, levam a crer que o estopim das queimadas na Amazônia foi um evento chamado “Dia do Fogo”. O evento foi combinado por grupos de WhatsApp para o dia 10 de agosto e envolveu sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros que apoiam o governo Bolsonaro, segundo matéria do Globo Rural (confira aqui).

O grupo de pelo menos 70 pessoas que será investigado pela Polícia Federal a pedido do próprio Jair Bolsonaro, queria chamar a atenção do presidente incendiando as margens da BR-163. De fato, no dia 10 de agosto, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou um aumento de 300% em relação ao dia anterior nos focos de incêndio da região.

Ainda segundo a matéria do Globo Rural, o grupo queria a atenção do presidente para mostrar apoio às políticas de Bolsonaro de afrouxar a legislação e a fiscalização ambiental e quem sabe conseguir ter multas aplicadas anteriormente por infrações ambientais perdoadas pelo novo governo.

Em outra reportagem, o Globo Rural também mostra que o governo foi alertado sobre o tal “Dia do Fogo” três dias antes dele acontecer, mas não fez nada. O Ministério Público Federal (MPF) do Pará enviou um ofício ao IBAMA alertando do que iria acontecer (confira aqui).

Em resposta, o IBAMA disse que não poderia fazer nada porque a fiscalização envolveria “riscos relacionados à segurança das equipes em campo”, uma vez que o órgão não tem apoio da Polícia Militar do Pará nas ações.

Abaixo, uma matéria da Rede Globo local sobre o caso.

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