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Fanzine: Jovens contra o consumo de produtos de origem animal


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Enquanto muitos não vivem sem um churrasco com os amigos no final de semana, existem outros que condenam arduamente o consumo de carne. Além disso, esse grupo também se opõe ao consumo de qualquer tipo de produto de origem animal.


Pessoal engajado de Vitória-ES

Eles são os veganos, adeptos do veganismo – a base moral dos direitos dos animais. Significa abolir o consumo de carnes (vaca, ave, pescado, entre outros), de laticínio, ovo e mel, assim como o uso de animais para roupas, entretenimento, pesquisa ou qualquer outro fim.

Vegetariano há cinco anos, o estudante Murilo Polese, 19, afirma que respeitar o direito dos animais é uma questão ética. Seria moralmente aceitável subjugar uma espécie para servir apenas ao nosso prazer? O estudante diz que não. “Todos os seres capazes de sentir dor têm um direito básico: o de não serem tratados como propriedade dos outros”, defende.

O estudante cita ainda o conceito de “especismo”, criado pelo professor norte-americano Peter Singer (autor do livro “Libertação dos Animais”, um dos primeiros estudos aprofundados sobre o assunto), para embasar sua posição. “Assim como o negro não existe para servir ao branco nem as mulheres aos homens, as espécies animais também não existem para nos servir. O ‘especismo’ é tão grave quanto o racismo ou qualquer outro tipo de preconceito.”

Radicalismo
Murilo explica que existem diferentes pontos de vista para o assunto. A abordagem abolicionista, por exemplo, criada por Gary L. Francione e Anna E. Charlton em 2002, é uma corrente mais recente e radical que rejeita, inclusive, aqueles que pregam o bem-estar dos animais.

Eles afirmam não existir sentido em se preocupar com o bem-estar dos animais, se eles são abatidos com ou sem dor, enquanto continuarem sendo tratados como propriedade. A abordagem não pretende regular o consumo animal, mas sim abolir.

Apesar da postura radical, a abordagem abolicionista não incentiva a violência. “Reconhecemos a não-violência como o princípio norteador do movimento pelos direitos dos animais”, explica Murilo. O movimento prega a educação como o único caminho para a conscientização. Em seu site oficial – www.abolitionistapproach.com – é possível encontrar textos argumentativos sobre os malefícios do consumo animal.

Segundo o jornalista Lobo Pasolini, 39, o consumo de animais é um fator única e exclusivamente cultural. Vegetariano desde a adolescência e vegano há cerca de um ano, Lobo sabe que o caminho é difícil e que a solução não é imediata. O jornalista entende que, a partir do momento em que a dieta vegana for mais difundida, o caminho se tornará mais fácil. “Um vegetariano consciente não consome um casaco de pele ou um cinto de couro. Ele não irá a um circo que tenha animais”, explica.

Radicado em Londres há 12 anos, o jornalista diz que na Europa já há uma conscientização maior sobre o assunto. “O consumo de animais já está muito enraizado em quase todas as culturas. Mas algumas delas já vêm mostrando um avanço. Na Espanha, por exemplo, as touradas já não são tão toleradas como há alguns anos”, completa.

Para ter essa alimentação é preciso cuidados
A nutricionista Alice Milagres, 26, explica que não há problemas em adotar uma dieta vegana desde que sejam tomados certos cuidados. “Alguns nutrientes, como as vitaminas do complexo B, são encontrados principalmente em produtos de origem animal. Sem esses alimentos, a dieta deve ser rica em soja, que possui nutrientes semelhantes aos da carne”, explica.

Alice diz, ainda, que a alimentação deve ser complementada com vitaminas do complexo B. Elas são responsáveis pelos estímulos dos nervos e ajudam indiretamente no transporte de oxigênio para todas as células do corpo. A nutricionista explica que a ausência dessas vitaminas no organismo pode afetar o sistema nervoso e a visão da pessoa.

FONTE

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