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Um corte na garganta, em nome de Deus


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NOTA: O ViSta-se não tem absolutamente nada contra a religião judaica ou qualquer outra. Somos contra os rituais religiosos que envolvem animais, ainda que para consumo humano.

A religião pode tudo? Até quando vamos dizer “amém”?

Um alimento “Kosher” é aquele que está de acordo com as leis judáicas e há uma demanda grande deste tipo de produto no mundo. Apenas em São Paulo, estima-se que vivam mais de 120 mil judeus. Nem todos são religiosos ou seguem as diretrizes da religião judáica, mas ainda assim é um mercado grande. A liberdade religiosa é algo que deve ser respeitado e a alimentação “Kosher”, enquanto prática religiosa, também. Porém, é estranho pensar que o método de abate de animais para este tipo de alimentação não seja amplamente questionado. Nenhum abate pode ser considerado “bom” para o animal, já que nenhum animal tem interesse em perder sua vida, mas essa forma de abate é particularmente cruel.

Uma bênção e uma facada na garganta

Para uma carne ser considerada “Kosher”, ela deve ter sido obtida através de um ritual religioso, chamado “Schechita”. Este ritual é supervisionado por uma pessoa treinada segundo as leis religiosas judáicas chamada de “Schochet”. Basicamente, o ritual consiste em matar o animal com uma grande faca afiada, denominada “Chalaf”, acertando um corte na garganta e em uma reza, chamada “Beracha” (que significa  “benção”, em hebraico).

Segundo os que defendem esta prática, o abate através do ritual “Schechita” é feito justamente para que a morte do animal seja mais rápida e com menos dor. Porém, o que é constatado pelas investigações de ONGs protetoras dos animais é uma situação completamente diferente. Os animais se debatem com suas cabeças penduradas por minutos, enquanto os religiosos esperam o sangue escorrer. Uma das leis judáicas exige que o “alimento” proveniente de carne seja consumido sem sangue – como se isso fosse possível. Para tentar sangrar ao máximo o animal, é claramente interessante para os religiosos que este esteja consciente, se debatendo e, assim, jorrando mais sangue e de forma mais rápida do que se estivesse inconsciente.

A lei brasileira proíbe crueldade contra animais, mas, questionavelmente, permite este tipo de abate

Segundo o artigo 32 da lei 9.605/98 (veja esta lei no site do Governo), praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime, e resulta em pena de detenção, de três meses a um ano, e multa (a pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal). A mesma lei, em seu artigo 37, diz que não é crime o abate de animais se este for feito para saciar a fome da pessoa que cometeu o abate ou de sua família (abate comercial não deveria se encaixar aqui). Porém, no capítulo 3, onde é esclarecido sobre como a pena deve ser aplicada, fica claro que utilizar métodos cruéis para abate ou captura de animais pode ser considerado crime e julgado conforme o artigo 32.

Não concorda? Nos ajude a acabar com essas injustiças!

Se você não concorda com a morte de animais para consumo humano, por favor, torne-se vegana(o). Saiba como começar em www.sejavegano.com.br.

Se você tem dúvidas sobre a crueldade envolvida no abate para preparação de carnes “Kosher”, assista ao vídeo abaixo.

ATENÇÃO: cenas fortes.

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