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Veganos, diretor e produtor de ‘4 Vidas de Um Cachorro’ dizem não ter presenciado o caso

Ele se dizem consternados com o ocorrido. O cão passa bem.


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O filme 4 Vidas de Um Cachorro (A Dog’s Purpose) causou revolta no público nesta quinta-feira (19) após a divulgação de um vídeo onde um cachorro aparece sendo maltratado nas filmagens. Na manhã desta quinta-feira (19), nós noticiamos o caso (relembre aqui).

O que ninguém esperava, no entanto, é que dois membros da equipe de filmagens fossem veganos. E são nada menos que o diretor do filme e o produtor, as duas cabeças pensantes e autoridades em qualquer set de filmagens. Os dois afirmam, porém, que não presenciaram as cenas de maus-tratos e que, se estivessem ali, jamais teriam permitido o que foi feito.

Lasse Hallström é um diretor sueco responsável por filmes importantes do cinema mundial como o comovente Sempre Ao Seu Lado (Hachi: A Dog’s Tale), estrelado pelo ator Richard Gere. O diretor já trabalhou inclusive ao lado de Steven Spielberg. Lasse declara em sua descrição no Twitter que é vegano e ele é conhecido também por sua grande paixão pelos animais.

“Eu estou muito perturbado pelo vídeo publicado hoje do set do meu filme ‘4 Vidas de Um Cachorro’. Eu não presenciei essas ações. Nós todos estamos comprometidos em promover um ambiente amoroso e seguro para todos os animais no filme. Me prometeram que uma investigação completa desta situação está em andamento e que qualquer irregularidade será denunciada e punida. Eu sou um amante dos animais e ‘4 Vidas de Um Cachorro’ é o meu terceiro filme sobre cachorros.” – disse Lasse, em uma sequência de publicações no Twitter (veja aqui, em inglês).

Outro vegano na equipe é o aclamado produtor Gavin Polone que, entre outras obras de sucesso, produziu o famoso seriado Gilmore Girls. Em sua conta no Twitter, Gavin mantém a palavra “vegan” (vegano) bem na capa do perfil (veja aqui). Ao portal de notícias norte-americano E Online (confira aqui, em inglês), Gavin também disse que não estava no set no momento em que aconteceu o caso de maus-tratos.

“A primeira coisa que pensei foi: ‘o cachorro está bem?’. Ele está bem. Mas se eu tivesse visto isso, eu teria parado na hora. As pessoas têm de ser responsabilizadas por isso. Era tarefa de alguém cuidar desse tipo de coisa. Por que não cuidou? Tudo o que posso dizer é que espero que isso traga um tratamento melhor para os animais. Eu sei que o estúdio está indignado e investigando isso.” – disse Gavin.

Como se pode notar, nem mesmo com pessoas muito preocupadas com os animais na equipe (veganos) foi possível evitar que os maus-tratos acontecessem. Conforme muito bem escreveu para o Vista-se na tarde desta quinta-feira (19) o cineasta brasileiro Carlos Daniel Valhada (também vegano), “a única forma de afirmar que não houve maus-tratos a ‘animais atores’ é se não houver ‘animais atores’ no filme, já que isso é algo que vai além da competência dos produtores no set.” – disse Carlos (relembre aqui).

É questionável, portanto, que o diretor e o produtor, ambos veganos, tenham aceitado trabalhar em um set com animais. É o momento certo para que essa questão seja discutida com estudantes de cinema e também com profissionais do setor e que outras saídas – que deixem os animais fora disso – sejam analisadas e adotadas.

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